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Pegar o touro pelos chifres

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Visions onf Cody

Pedro Juan veio para o Brasil em Maio de 2001 para a bienal do livro do Rio e passou por São Paulo. Foi conhecer a noite underground do centro da cidade, mais especificamente a meca dos clubes-inferno das garotas e garotos de programa, a tal boca de lixo. Portou-se de acordo com o roteiro e reforçou o mito que está se construindo em torno de seu personagem-alter ego, tal e qual Bukowski. Tomou todas, apavorou as meninas da zona, passou a mão em meia dúzia delas e se declarou o verdadeiro Rei de Havana, tal e qual Reinaldo, o personagem de seu segundo livro, “O Rei de Havana”. Aqui, Reinaldo é impiedosamente levado através da pena do escritor, a uma degradação fisica e moral numa Havana de desvalidos e embrutecidos pelas dificuldades do dia a dia e pela falta de esperança. “Ao cubano, só resta o rum, a salsa e o sexo”, diz Pedro Juan.

Perdro Juan está com 54 anos e já lançou na Europa (seu principal mercado) o seu último livro de contos: Animal Tropical e atualmente está terminando O Insaciável Homem Aranha, em que aparece o mesmo Pedro Juan de sempre.É um escritor no auge do processo criativo e que achou a sua fórmula e nos promete mais pauladas. Ler “Trilogia Suja de Havana” e o “O Rei de Havana” foi um prazer que se renovava a cada página e digo para vocês que não deixei de desejar escrever como Pedro Juan. Esse é um cara de fibra e ainda tem fígado para doses cada vez mais fortes.

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