1937: Nasce em São Paulo, Capital, aos 27 de janeiro. Mãe e pai, gente humilde, trabalhadora. Ela do Estado do Rio; ele, um transmontano chegado menino ao Brasil.
1949: Começa a publicar seus primeiros textos no jornal infanto-juvenil O Crisol.
1954: Trabalhando durante o dia atrás de um balcão de venda, estudando à noite na Lapa, ainda acha tempo para frequentar a vida dos salões de sinuca da cidade. Lê muito e escreve.
1960: Os originais manuscritos de Malagueta, Perus e Bacanaço são destruídos no incêndio de sua casa. A família fica com a roupa do corpo.
1962: Reescreve o livro na cabine 27 da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo
1963: Publica Malagueta, Perus e Bacanaço. Ganha o prêmio Fábio Prado, o maior da época, para originais inéditos. Depois, dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro: Revelação de Autor e Melhor Livro de Contos. É um fato sem precedentes na história do Prêmio Jabuti.
1964: Vai de mudança para o Rio de Janeiro. Trabalha no Jornal do Brasil e publica no Caderno B o texto “A Lapa Fica Acordada para Morrer” .
1966: Volta para São Paulo, onde fará parte da equipe criadora da revista Realidade.
1967: começa a ser traduzido na Argentina e na Tcheco- Eslováquia.
1968: lança o primeiro conto-reportagem do jornalismo brasileiro, “Um dia no Cais“. Volta ao Rio, tangido pelo AI-5.
1970: Com estafa, conhece o Sanatório da Muda da Tijuca. Lê e relê toda a obra de Lima Barreto e ali começa o seu Calvário e Porres do Pingente Afonso Henriques de Lima Barreto.
1972: Leão-de-Chácara, seu segundo livro, está pronto.
1974: Ganha o Prêmio Paraná com Leão-de-Chácara.
1975: Publica Leão-de-Chácara e Malhação do Judas Carioca. Cria a expressão imprensa nanica, no Pasquim, para designar jornais alternativos. Com Leão-de-Chácara, ganha o prêmio de ficção da Associação Paulista de Críticos de Arte.
1976: Malagueta, Perus e Bacanaço é saudado como um clássico, sendo adaptado para o cinema com o nome de O Jogo da Vida. Publica Casa de Loucos.
1977: publica Lambões de Caçarola.
1978: publica Ô Copacabana! e viaja muito pelo Brasil.
1981: Malagueta, Perus e Bacanaço, na íntegra; é traduzido na Tcheco-Eslováquia.
1982: publica Dedo-Duro com apresentação de Antônio Cândido.
1983: Dedo-Duro ganha dois prêmios nacionais: o Troféu Candango, da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Pen Clube. Melhor livro de ficção do ano.
1984: Publica a coletânea Meninão do Caixote.
1985: É convidado para dar várias conferências na Europa.
1986: Publica Abraçado ao Meu Rancor e ganha vários prêmios: Troféu Golfinho de Ouro (Rio), Prêmio Pedro Nava (São Paulo) e Troféu Oswald de Andrade (Porto Alegre).
1987: Milagre Chué é traduzido em Cuba. Recebe uma bolsa de estudos e passa um ano na cidade de Berlim Ocidental.
1988: Conferencia em várias cidades alemãs e polonesas. Seu conto “Eguns” é traduzido e publicado em Munique, enquanto “Joãozinho da Babilônia” na Alemanha Oriental.
1989: Entre março/abril publica o texto “Malagueta em Berlim, oito meses sem sol”, pela revista bilíngüe Nossa América, de São Paulo.
1997: É encontrado morto em seu apartamenteo em São Paulo. Tinha 60 anos.