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Jack
London |
John
Griffith Chaney nasceu no dia 12 de janeiro de 1876 em San Francisco,
Califórnia, EUA. Era o único filho de Flora Wellman,
que indica como pai William Chaney, um astrólogo itinerante
que a deixou antes do nascimento de John. Um ano depois, ela casou-se
com John London, um viúvo com duas filhas, e a criança
foi rebatizada John Griffith London.
Sua vida foi marcada com quase nenhuma educação
formal (somente um semestre na escola). Sua educação
veio do próprio mundo. Viveu e trabalhou em ranchos. Enlatou
peixe. Colheu ostras e juntou-se à Fish Patrol. Viajou
a bordo do Sophia Sutherland durante sete meses. Trabalhou como
carvoeiro. Tornou-se socialista (candidatando-se sem sucesso a
prefeito de Oakland). Participou da corrida do ouro no Klondike,
passando o inverno no Yukon. Voltou sem um tostão.
Foi depois da morte do pai adotivo que, tendo que sustentar a
família, London seguiu a profissão de escritor.
O ano era 1898 e ele colecionava cartas rejeitando seus escritos.
Mas a partir desta adversidade, Jack London cresceu, uma vitalidade
que ficou com ele durante toda a vida. "Não me importo
que todo o meu presente, tudo que possuo, seja tirado de mim.
Construirei um novo presente."
E foi o que ele fez. London atribuiu seu sucesso literário
ao trabalho duro - "cavar", como ele dizia. Escrevia
mil palavras por dia. Entre 1900 e 1916 (ano em que morreu, aos
quarenta anos), ele completou mais de cinqüenta livros, tanto
de ficção como não-ficção,
centenas de contos, e numerosos artigos sobre diversos assuntos,
do boxe ao socialismo, do alcoolismo à projeção
astral. Além de seus escritos diários, tinha também
vários compromissos como palestrante, e manteve uma volumosa
correspondência (recebendo cerca de dez mil cartas por ano).
Em 1914, escreveu sobre a revolução mexicana para
a Collier's Magazine.
Além da escrita, dedicou-se a outros trabalhos, incluindo
supervisionar a construção do seu famoso barco a
vela, o Snark, e a operação de um rancho, seu querido
Beauty Ranch, que se tornou sua principal preocupação
depois de 1911, onde desenvolveu técnicas de plantio progressivo.
Casou-se duas vezes, sendo a segunda esposa, Charmian, o amor
de sua vida.
1900
marcou a publicação do primeiro livro de Jack London,
The Son of the Wolf, uma coleção de contos
sobre o Klondike. Em 1902, foi publicado seu primeiro romance,
A Daughter of the Snows, uma obra cheia de idéias
de darwinismo social, supremacia anglo-saxã, ecologia e
alegria através da forma física. 1903 foi um marco
para London: foi publicado seu livro favorito, The People of
the Abyss, sobre as favelas de Londres e seus habitantes,
e também The Call of the Wild. Nos anos seguintes,
agora mundialmente famoso, London publicou The Sea Wolf (1904),
White Fang (1906), Martin Eden (1909), Burning Daylight (1909)
e The House of Pride (1912).
1913
foi outro ano emblemático para London - publicou um romance,
uma coleção de contos, um tratado sobre alcoolismo
(um best seller) e outro romance sobre Sonoma (condado da Califórnia).
Em 1916, ano de sua morte, seu último livro sobre Sonoma
foi publicado, The Little Lady of the Big House.
Jack London foi prodigioso em seus esforços, não
há como negar. Viveu a vida ao máximo, com curiosidade
insaciável, determinação nobre, e sede de
aventura. Estas qualidades podem ser vistas em todos seus livros,
fazendo dele a lenda que é. "Sua grandeza aparecerá
triunfante sobre o tempo", disse seu velho amigo George Sterling.
Seu gênio era tão ardente, tão apaixonado
e tão sincero que ultrapassaria os limites do preconceito
e do nacionalismo.

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