Something
for the touts, the nuns, the grocery clerks and you...
...os dias
dos
chefes, homens covardes
com mau hálito e pezões, homens
que parecem sapos, hienas, homens que andam
como se não houvesse o ritmo, homens
que pensam ser inteligente contratar e despedir e
lucrar, homens que possuem esposas gastadeiras
como possuem 60 acres a serem semeados
ou exibidos ou defendidos dos
incompetentes, homens que o matariam
porque são loucos e explicam que
é a lei, homens que ficam de frente para
janelas de 10 metros e não vêem nada,
homens com iates luxuosos que podem navegar
mundo afora e ainda assim não sair de seu
mundinho, homens que são como caracóis, como enguias,
como
lesmas, e ainda piores...
e nada garante seu último salário
no porto, na fábrica, no hospital, na
indústria de aviões, na galeria barata, na
barbearia, no emprego que você não queria
mesmo.
imposto de renda, doença, servidão, braços
quebrados, cabeças quebradas -todo o estofo
à mostra como em um travesseiro velho.
A
New War
e
pensar que, depois que eu me for,
haverá mais dias para os outros, outros dias,
outras
noites.
cães andando, árvores balançando
ao vento
não deixarei tanto.
algo para ler, talvez.
um rebelde na estrada
devastada.
Paris
às escuras

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